Envelhecimento: perdas, iminência e realidade da morte / Aging: losses, imminence and death reality

Procura-se focalizar a experiência do envelhecimento como a fase do desenvolvimento humano em que se dá inevitavelmente o confronto com a proximidade da morte. Analisa-se a questão do medo da morte, a dificuldade para lidar com as perdas acumuladas, e a perda da identidade social imposta pela sociedade. Ressalta a importância de manter o domínio ativo da vida, a busca de sentido, a esperança e a orientação para o futuro (projetos) e, finalmente, a visão do eterno como a solução possível para os problemas desta fase(AU)

The present article focalizes the aging experience as a human development stage in which there is an inevitable confrontation with the death proximity. It analizes the death fear question, the difficulty to deal with accumulated losses, and the lost of the social identity imposed by society. This article emphasizes the importance of maintaining the active domain of life, the search for a life meaning, hope and future projects, and , finally, the vision of the eternal asa a possible solution for the problems of this stage(AU)

A bioética e a psicologia da saúde: reflexões sobre questões de vida e morte / Bioethics and health psychology: reflecting upon life and death questions

O presente trabalho focaliza os fatores impulsionadores do surgimento da Bioética, destacando: a) a revolução científica e tecnológica, e b) a revolução social dos anos 1960. Descreve o desenvolvimento histórico da Bioética desde sua definição inicial como ciência da sobrevivência humana até seu estágio atual - o da Bioética Global, e suas fronteiras com os vários campos do saber. A psicologia da saúde integra esse contexto multidisciplinar principalmente por sua reflexão sobre temas desafiadores da Bioética, entre os quais são aqui discutidos aqueles decorrentes da medicina intensiva (eutanásia e distanásia) e aqueles derivados da medicina substitutiva (transplantes). Questões básicas como definição de morte, consentimento livre e informado são analisadas como ainda polêmicas e controvertidas. Conclui-se com as indagações sobre as quimeras da ciência para triunfar sobre a doença e os problemas da ordem canibal que se espera diminuam na medida em que as terapêuticas etiológicas e fisiológicas progridam (AU)

A Bioética e a psicologia da saúde: reflexões sobre questões de vida e morte / Bioethics and health psychology: reflecting upon life and death questions

O presente trabalho focaliza os fatores impulsionadores do surgimento da Bioética, destacando: a) a revolução científica e tecnológica, e b) a revolução social dos anos 1960. Descreve o desenvolvimento histórico da Bioética desde sua definição inicial como ciência da sobrevivência humana até seu estágio atual - o da Bioética Global, e suas fronteiras com os vários campos do saber. A psicologia da saúde integra esse contexto multidisciplinar principalmente por sua reflexão sobre temas desafiadores da Bioética, entre os quais são aqui discutidos aqueles decorrentes da medicina intensiva (eutanásia e distanásia) e aqueles derivados da medicina substitutiva (transplantes). Questões básicas como definição de morte, consentimento livre e informado são analisadas como ainda polêmicas e controvertidas. Conclui-se com as indagações sobre as quimeras da ciência para triunfar sobre a doença e os problemas da ordem canibal que se espera diminuam na medida em que as terapêuticas etiológicas e fisiológicas progridam.

O conceito de morte em crianças portadoras de doenças crônicas / The concept of death in children with chronic diseases

O estudo investiga a relaçäo entre o nível cognitivo e o conceito de morte em crianças portadoras de doenças crônicas e compara a evoluçäo deste conceito entre essas crianças e crianças sadias do mesmo nível cognitivo e mesmo nível sócio econômico (carência). Foram empregadas tarefas piagetianas para a avaliaçäo do nível cognitivo e o Instrumento de Sondagem do Conceito de Morte (Torres, 1979) para avaliar o conceito de morte-biológica. A amostra foi constituída de 167 crianças portadoras de doenças crônicas e 142 crianças sadias já testadas em estudo precedente (Torres, 1996). Os resultados revelaram que a defasagem cognitiva, encontrada em crianças carentes, em relaçäo aos padröes piagetianos näo está agravada nas crianças doentes. A doença crônica embora se manifeste inicialmente como um fator desestruturante na aquisiçäo do conceito de morte (fase pré-operacional), surge na fase seguinte (operacional-concreta) como um fator de amadurecimento na compreensäo deste conceito

O conceito de morte em crianças portadoras de doenças crônicas / The concept of death in children with chronic diseases

O estudo investiga a relação entre o nível cognitivo e o conceito de morte em crianças portadoras de doenças crônicas e compara a evolução deste conceito entre essas crianças e crianças sadias do mesmo nível cognitivo e mesmo nível sócio econômico (carência). Foram empregadas tarefas piagetianas para a avaliação do nível cognitivo e o Instrumento de Sondagem do Conceito de Morte (Torres, 1979) para avaliar o conceito de morte-biológica. A amostra foi constituída de 167 crianças portadoras de doenças crônicas e 142 crianças sadias já testadas em estudo precedente (Torres, 1996). Os resultados revelaram que a defasagem cognitiva, encontrada em crianças carentes, em relação aos padrões piagetianos não está agravada nas crianças doentes. A doença crônica embora se manifeste inicialmente como um fator desestruturante na aquisição do conceito de morte (fase pré-operacional), surge na fase seguinte (operacional-concreta) como um fator de amadurecimento na compreensão deste conceito (AU)

As perdas do paciente terminal: o luto antecipatório / Losses of terminal iII patient: anticipatory grief

O artigo focaliza a tragédia do luto antecipatório vivido pelo paciente em relação às perdas dos aspectos significantes do corpo, da consciência, da personalidade, da autonomia, etc bem como em relação a perda de pessoas significantes. Ressalta as fases deste processo de luto, relacionando as reações típicas do luto com as diferentes dimensões do medo da morte. Considera a interação dinâmica entre o luto do paciente e o da família assim como as possibilidade de que este luto se torna disfuncional para ambos. Finalmente estabelece um paralelo entre a resolução do luto nos sobreviventes e no paciente em fase terminal.

As perdas do paciente terminal: o luto antecipatório / Losses of terminal iII patient: anticipatory grief

O artigo focaliza a tragédia do luto antecipatório vivido pelo paciente em relação às perdas dos aspectos significantes do corpo, da consciência, da personalidade, da autonomia, etc bem como em relação a perda de pessoas significantes. Ressalta as fases deste processo de luto, relacionando as reações típicas do luto com as diferentes dimensões do medo da morte. Considera a interação dinâmica entre o luto do paciente e o da família assim como as possibilidade de que este luto se torna disfuncional para ambos. Finalmente estabelece um paralelo entre a resolução do luto nos sobreviventes e no paciente em fase terminal (AU)

Hospital: desafios rumo ao próximo milênio

A autora focaliza a história social da Instituição Hospitalar, analisando cada uma de suas fases, ressalta a interdisciplinariedade como sendo o grande desafio para o próximo milênio e a importância de uma reflexão e uma ação interdisciplinar no campo da ética(AU)

Morte e desenvolvimento humano / Death and human development

A morte pertence à categoria que Sartre chama de irrealizáveis. Por esta razão, embora reconhecendo a morte como natural, universal e inevitável, o homem é, paralelamente, incapaz de imaginar a sua própria morte. Este paradoxo primário, como denomina Weisman, é um paradoxo real e não o resultado da consciência ser incapaz de conceber sua própria negação

Medo da morte e velhice: grupos de discussão e exercícios / Fear of death and old age: discussion groups and exercises

Possiblitar a compreensão e a reflexão crítica do tema proposto a partir de alguns tópicos específicos; promover a troca de experiências e o conforto pessoal com a morte

O desenvolvimento cognitivo e a aquisiçäo do conceito de morte em crianças de diferentes condiçöes sócio-experienciais / The cognitive development and the acquisition of the death concept in children with different experiences and social conditions

Este estudo tem por objetivos: investigar entre o desnvolvimento cognitivo e a aquisiçäo do conceito morte em crianças de condiçöes sócio-experienciais de carência sócio-econômica e de marginalidade; e comparar a evoluçäo do conceito de morte entre crianças de condiçöes sócio-experienciais de carência sócio-econômica, de marginalidade e de nível sócio-econômico médio/alto com o mesmo nível cognitivo. A revisäo da literatura inclui as bases teóricas e os achados empíricos em duas áreas: desenvolvimento do conceito de morte; e desenvolvimento cognitivo e privaçäo sócio-econômico e cultural.

A criança diante da morte / The child bereavement death

Aborda o tema da morte como um desafio intelectual e emocional para a criança, analisando as diferentes fases da evoluçäo conceitual da morte e o impacto que algumas experiências - tais como luto e terminalidade - podem ter sobre a aquisiçäo deste conceito. Descreve os principais aspectos do luto infantil, ressaltando a importência da assistência à criança enlutada e, finalmente, considera a criança terminal ressaltando as implicaçöes da hospitalizaçäo e as repercussöes do ®silêncio¼ a que esta é submetida

A crianca diante da morte

Este artigo focaliza o tema da morte como um desafio intelectual e emocional para a crianca: analisa as diferentes fases da evolucao conceitual da morte e o impacto que certas experiencias - tais como luto e terminalidade - podem ter sobre a aquisicao deste conceito; descreve os principais aspectos do luto infantil, ressaltando a importancia da assistencia a crianca enlutada e, finalmente, considera a crianca terminal ressaltando as implicacoes da hospitalizacao e as repercussoes do 'silencio' a que esta e submetida.

A criança terminal: vivência no luto antecipado / The terminal patient: living the grief process in advance

Este artigo pretende abrir um espaço para a reflexäo sobre o processo de luto antecipado vivido pela crinaça terminal, sua família e a equipe de atendimento. Focaliza a importância da leitura psicológica dos comportamentos envolvidos neste processo de luto e chama a atençäo para a necessidade de um suporte terapêutico emocional que possibilite aos pais dar a assistência de que a criança necessita, preservar os irmäos e permitir à equipe continuar terapeuticamente útil e suportiva, evitando assim o doloroso isolamento psicológico a que, na maioria das vezes, a criança é submetida

A crianca terminal: vivencia no luto antecipado

Este artigo pretende abrir um espaco para a reflexao sobre o processo de luto antecipado vivido pela crianca terminal, sua familia e a equipe de atendimento. Focaliza a importancia da leitura psicologica dos comportamentos envolvidos neste processo de luto e chama a atencao para a necessidade de um suporte terapeutico emocional que possibilite aos pais dar a assistencia de que a crianca necessita, preservar os irmaos e permitir a equipe continuar terapeuticamente util e suportiva, evitando assim o doloroso isolamento psicologico a que, na maioria das vezes, a crianca e submetida.

Atitudes frente a morte: implicaçöes na formaçäo de equipes profissionais multidisciplinares / Attitudes to death: point out constitution of interdisciplinary staffs

O presente artigo focaliza os resultados de uma pesquisa que investiga as atitudes escatológicas, psicológicas e sociais frente a morte em estudantes universitários das áreas de saúde, psicologia e teologia, tendo em vista identificar diferenças entre as atitudes destes grupos e apontar para possíveis áreas de conflitos potenciais, quando da formaçäo de equipes multidisciplinares. A pesquisa é realizada em uma amostra de 598 estudantes através do Questionário de Atitudes Frente a Morte (QAFM), elaborado pelos próprios pesquisadores (Torres et alii, 1985). Os resultados sugerem um perfil e uma dinâmica próprios de cada grupo estudado em relaçäo as atitudes frente a morte que säo apontados como geradores de conflitos, quando a atuaçäo profissional multidisciplinar deste grupos

Atitudes frente a morte: implicacoes na formacao de equipes profissionais multidisciplinares

O presente artigo focaliza os resultados de uma pesquisa que investiga as atitudes escatologicas, psicologicas e sociais frente a morte em estudantes universitarios das areas de saude, psicologia e teologia, tendo em vista identificar diferencas entre as atitudes destes grupos e apontar para possiveis areas de conflitos potenciais, quando da formacao de equipes multidisciplinares. A pesquisa e realizada em uma amostra de 598 estudantes atraves do Questionario de Atitudes Frente a Morte (QAFM), elaborado pelos proprios pesquisadores (Torres et alii, 1985). Os resultados sugerem um perfil e uma dinamica proprios de cada grupo estudado em relacao as atitudes frente a morte que sao apontados como geradores de conflitos, quando da atuacao profissional multidisciplinar destes grupos.

O psicólogo e a terminalidade / The psicologist and the terminal patient

A assistência psicológica ao paciente terminal envolve compreensöes e conceitos que a tornam diferente da assistência a qualquer outro tipo de paciente. O presente artigo focaliza a necessidade de uma auto-avaliaçäo dos aspectos emocionais, como requisito para o psicólogo trabalhar com o paciente terminal, e analisa algumas das distinçöes entre assistência psicológica a ele e outras formas de psicoterapia. Especial atençäo é dada a aspectos tais como: flexibilidade no uso do sistema teórico, transferência e contratransferência, dimensäo temporal e metas. Salienta, finalmente, que, para o paciente, sobrevivência significante e morte apropriada significam a preservaçäo do comportamento competente e da conduta responsável, aspectos geralmente esquecidos na maioria das instituiçöes hospitalares

O psicologo e a terminalidade

A assistencia psicologica ao paciente terminal envolve compreensoes e conceitos que a tornam diferente da assistencia a qualquer outro tipo de paciente. O presente artigo focaliza a necessidade de uma auto-avaliacao dos aspectos emocionais, como requisito para o psicologo trabalhar com o paciente terminal, e analisa algumas das distincoes entre assistencia psicologica a ele e outras formas de psicoterapia. Especial atencao e dada a aspectos tais como: flexibilidade no uso do sistema teorico, transferencia e contratransferencia, dimensao temporal e metas. Salienta, finalmente que, para o paciente, sobrevivencia significante e morte apropriada significam a preservacao do comportamento competente e da conduta responsavel, aspectos geralmente esquecidos na maioria das instituicoes hospitalares.